Busójárás, o carnaval húngaro
Patrimônio cultural da Unesco desde 2009, o carnaval busójárás vem conquistando cada vez mais visitantes na pequena cidade de Mohács, no sul da Hungria.
O QUE DEFINE O "BUSÓJÁRAS"?
A celebração apresenta Busó – pessoas que usam máscaras tradicionais – e inclui música folclórica, comidas típicas, desfiles e danças. A caminhada dos monstros (busó) vem para espantar o inverno, abrir caminho para a primavera e a fertilidade.
O evento acontece em volta da praça principal com muitas apresentações no palco, barraquinhas com comidas típicas e o famoso vinho quente.
O evento Busójárás dura seis dias, geralmente em fevereiro, Começa na quinta-feira, seguido pelo Kisfarsang (= pequeno carnaval) e a celebração termina com Farsangtemetés (Sepultamento de Farsang = carnaval) na terça-feira seguinte, ou seja, terminando no dia anterior à Quarta-feira de Cinzas.
O povo de Mohács comemora o último dia de carnaval na terça-feira, quando se despede da estação fria queimando um grande boneco de palha em uma grande fogueira na praça principal da cidade.
Nesse ano de 2022, por exemplo, o evento ocorreu entre os dias 24 de fevereiro e 01 de março.
Os “busó” chegam preparados para a algazarra! Jogam farinha nos cabelos das mulheres e fazem muito barulho e bagunça. Muitos abraços, fotos com os visitantes e, inclusive, vale ressaltar que, como já relatado por algumas mulheres, alguns ultrapassam os limites, bebem demais e se tornam inconvenientes.
A roupa do busó é a mesma de hoje: um casaco de pele, uma calça recheada de palha, sobre a qual usam meias coloridas de malha de lã. A pele é presa por um cinto ou corda de vaca em volta da cintura, à qual o dardo de vaca é pendurado. Eles seguram em suas mãos o indispensável badalo. No entanto, a coisa mais importante que faz do busó um típico busó é a máscara com capuz de pele de carneiro esculpida em salgueiro e tradicionalmente pintada com sangue animal.
O que Diz a lenda...
Segundo a lenda mais popular, durante os tempos otomanos do território, os mohács fugiram da cidade e começaram a viver nos pântanos e bosques próximos para evitar as tropas otomanas (turcas). Uma noite, enquanto eles estavam sentados e conversando ao redor do fogo, um velho Šokac apareceu de repente do nada e disse a eles:
“Não tenham medo, suas vidas logo se tornarão boas e vocês voltarão para suas casas. Até lá, prepare-se para a batalha, esculpa várias armas e máscaras assustadoras para si mesmo e espere por uma noite tempestuosa quando um cavaleiro mascarado virá até você.”
Desapareceu tão repentinamente quanto chegou. Os refugiados seguiram suas ordens e alguns dias depois, em uma noite de tempestade, o cavaleiro chegou. Ele ordenou que colocassem suas máscaras e voltassem para Mohács, fazendo o máximo de barulho possível. Eles seguiram sua liderança. Os turcos ficaram tão assustados com o barulho, as máscaras e a tempestade da noite que pensaram que os demônios os estavam atacando e fugiram da cidade antes do nascer do sol.
UM POUCO DE HISTÓRIA
A região de Mohács foi libertada do domínio turco em 1687 e uma grande parte da população se estabeleceu em áreas desabitadas somente depois disso, provavelmente entre 1687 e 1690. A segunda onda pode ter ocorrido no final da década de 1690. Os primeiros registos do aparecimento do costume popular datam do final do século XVIII: é mencionado pela primeira vez em um registo de 1783.
Clique AQUI para acessar o site oficial do evento Busójárás.
Já neste LINK AQUI é possível acessar o mapa oficial do evento com as principais ruas e praças para acompanhar o desfile.
No vídeo abaixo é possível assistir um trecho do desfile dos busó passando pelo centro da cidade de Mohács.
Como chegar?
Sem dúvida, saindo de Budapest a melhor opção seria alugar um carro. O trajeto dura em média 2 horas e meia (217 km). Mas caso não seja possível, há a opção de pegar um trem na estação Keleti.
No site oficial MÀV AQUI você pode encontra as opções de horários e preços.
LOCALIZAÇÃO E MAPA
Széchenyi Tér 1. Mohács, Hungria 7700.
Visitei esse ano e achei incrivel. Povo rico em historia e cultura
Nunca iria imaginar um carnaval assim. Super diferente!!